Quero agradecer os vários emails que tenho recebido e o carinho de todos que me visitam. Criei esse blog com o único objetivo de trocar ideias no trabalho com crianças na igreja. Também posto as lições de cada trimestre, que retiro do site http://www.advir.com/criancas/ onde baixo todos os auxiliares. Por isso não vejo a necessidade de colocar aqui, todas as partes de cada lição. Até quando puder continuarei postando apenas as histórias das lições, que estão nos auxiliares. Além de atividades e outras coisas mais. Espero estar ajudando e gostaria também de receber ideias novas. E assim continuar com esse site, que considero um trabalho na obra de Deus. Um grande abraço. Malu

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Julgado Injustamente

Texto Bíblico: Lucas 23:1-25.
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 75, 76 e 77.

Verso Bíblico: Lucas 23:20-23.

OBJETIVOS  PARA OS ALUNOS ALCANÇAREM
• Perceber de que maneira o ser humano pode estar completamente errado e ao mesmo tempo pensar que está certo. (Saber)
• Sentir que Deus está no controle, mesmo nas piores situações. (Sentir)
• Decidir viver a verdade tanto no coração quanto nas ações. (Responder)

PARA SEREM EXPLORADOS PELOS PROFESSORES:
• Política
• Humilhação
• Pressão de grupo

SINOPSE
Na noite em que Cristo foi traído, teve que enfrentar seis julgamentos em que foi questionado, acusado, espancado e condenado à morte. Os líderes judeus que participaram do julgamento desobedeceram ao sistema legal de seu país e os líderes romanos demonstraram grande covardia e corrupção. O fato de os líderes judeus violarem o próprio sistema legal foi um sinal do ódio que sentiam por Cristo. Os julgamentos geralmente tinham no mínimo dojs objetivos: descobrir a verdade e assegurar que a justiça fosse feita. Durante os julgamentos de Cristo, descobriu-se a verdade sobre todas as pessoas presentes. Os líderes judeus mostraram-se corruptos e hipócritas da pior maneira possível. Pilatos revelou sua covardia. Herodes, sua tolice. O povo, sua fraqueza e insensatez. Os discípulos, a falta de lealdade ao abandonarem a Cristo. Mas Jesus permaneceu firme, corajoso e puro durante as horas terríveis de Seu julgamento. Revelou mais uma vez ser o verdadeiro Filho de Deus, o nosso exemplo. Os líderes religiosos queriam transmitir a imagem de que estavam em busca da justiça, mas a depravação de seu coração e mente foi exposta e a glória de Cristo, exaltada.
Através dessa história, aprendemos que o caráter não se desenvolve durante os julgamentos, mas é revelado por eles. Devemos lembrar os alunos de que seu caráter será revelado pelos desafios que um dia terão que enfrentar. Essa pode ser urna boa oportunidade para discutir de que manejras todos nós estamos sujeitos a agir com falsidade. Não adianta apenas desejar a verdade, devemos praticá-la. Devemos lembrá-los também que os julgamentos ocorreram apenas porque Cristo permitiu. Jesus sempre teve o controle total da situação — desde a traição no Jardim do Getsêmani até o momento em que foram cravados os pregos em Suas mãos na cruz do Calvário. Cristo entregou-Se voluntariamente para morrer em nosso lugar. Contudo, não devemos ficar com uma visão triste e negativa da humanidade. O Salvador escolheu redimir-nos porque acreditou que poderíamos viver por propósitos muito maiores do que nós mesmos.

INICIANDO
Atividade
“Que emoção vocês acham que é mais extrema: o sentimento de raiva por aqueles que promovem a injustiça ou a compaixão por aqueles que são maltratados pela injustiça e a enfrentam sozinhos?”.  Incentive os alunos ajustificarem a escolha que fizerem.


Ilustração
Numa audiência da corte juvenil, encontrava-se um jovem que fora levado a julgamento. Roubou várias casas

e fugiu num carro também roubado. Foi pego após bater numa viatura da polícia, acidentalmente, claro. O juiz leu os relatórios e fez algumas perguntas sobre o incidente. Fixou o olhar no jovem de cabeça baixa e perguntou:
— Marcos, você poderia nos explicar por que se encontra aqui hoje?
— Porque bati no carro dos tiras — respondeu rispidamente.
— Você foi pego porque bateu numa viatura policial, mas quero saber por que você roubou? — continuou o juiz.
— Porque quis — replicou o jovem.
Com muita paciência, o juiz tentou abordá-lo de outra forma:
— Você tem dificuldade na escola? Como são as suas notas?
— Não sei — falou em voz baixa.
O juiz continuou tentando encontrar uma maneira de entender o comportamento daquele jovem. Depois de ver todas as suas tentativas frustradas, o juiz pediu ao advogado de Marcos:
— Você se incomodaria de conversar por uns minutos com ele e explicar aonde quero chegar ao fazer-lhe tantas perguntas?
O advogado sabia muito bem qual era a intenção do juiz. Discretamente, explicou:
— O juiz está lhe fazendo tantas perguntas na esperança de que você lhe dê ao menos algum motivo para que possa ajudá-lo. Quer oferecer-lhe misericórdia de alguma maneira se perceber que tentará fazer escolhas melhores daqui para frente. Pacientemente, está implorando que você lhe dê alguma razão para ajudá-lo.
Marcos finalmente começou a entender a natureza do sistema legal: o réu é considerado inocente até que provem o contrário na tentativa de proteger o inocente e forçar o culpado a mudar de atitude.

Qual é a sua opinião a respeito do sistema legal de seu país? Acha que é muito rígido ou muito tolerante? Explique.

Uma Ponte Para a História
Marcos aprendeu que a base da lei é a restauração, porém os judeus transgrediram praticamente todas as regras de um sistema judicial nobre a fim de condenar Cristo à morte. Ao ler a história, percebemos que os líderes judeus estavam desesperados para matar Jesus. Não deixaram que nada os impedisse de realizar seu objetivo. Mas lembre-se: Jesus tinha poder para pôr fim ao processo a qualquer momento. Note também que, ao final do julgamento, Jesus foi considerado inocente.


Aplicando a História
(Para Professores)
Para acompanhar passo a passo a descrição dos seis julgamentos de Cristo, siga a seguinte sequência:
1. Perante Anás, João 18:12-23.
2. Perante Caifás e os chefes dos sacerdotes, Marcos 14:55-65.
3. Perante o Sinédrio, Mateus 27:1 e 2.
4. Perante Pilatos, Lucas 27:1-7.
5. Perante Herodes, Lucas 23:8-12.
6. Perante Pilatos, Lucas 23:13-25 (ver também João 18:28 a João 19:45).
Circule os nomes dos personagens e os grupos mencionados nas passagens que descrevem os julgamentos de Cristo. Compare as atitudes dos líderes religiosos com a atitude de Pilatos e de Herodes. O que você sabe a respeito dessas pessoas e o que o julgamento de Cristo revelou sobre elas?

Ao ler os relatos dos julgamentos, sublinhe todos os versos que apresentam acusações contra Cristo ou intenções de executá-Lo. De que maneira você descreveria a mentalidade dessas pessoas ao tentar condenar Cristo?
Que verso ou frase parece resumir o significado dessa história? Explique.
Parece que Jesus foi deixado a enfrentar sozinho os julgamentos. O que você acha que passou em Sua mente naqueles momentos tão difíceis? Quais pensamentos O mantiveram tão firme?
Quais perguntas surgem em sua mente ao ler a história dos julgamentos de Cristo?
De que maneira esses julgamentos fizeram parte do plano da redenção? De que forma todos os eventos que levaram Cristo ao Calvário se relacionam?


PARA PROFESSORES
Pense num período de sua vida em que presenciou alguém desrespeitando todas as crenças e valores que possuía apenas porque desejava desesperadamente que algo acontecesse. De que maneira isso aconteceu nos julgamentos de Cristo?
Em classe, discuta que sentimento motivou os líderes religiosos.
De que maneira você descreveria Pilatos e Herodes como líderes?
Utilize as passa gens a seguir como fontes alternativas relacionadas à lição desta semana:

Atos 6:7

João 7:45-53

Mateus 27:19

João 8:1-11

Atos 16:35-40


Apresentando o Contexto e o Cenário
O cenário dos julgamentos de Cristo iniciou-se no momento em que Judas se retirou e entrou em acordo com os líderes religiosos. Enquanto orava no Jardim do Getsêmani, numa quinta-feira à noite, os guardas do Templo vieram, juntamente com os principais líderes religiosos, para prendê-Lo. Jesus já havia sofrido a agonia dos momentos que se seguiriam. O fato de enfrentar seis julgamentos diferentes antes de ser sentenciado deveria ter exaurido as forças do Salvador, porém ocorreu exatamente o oposto: Cristo tornou-Se cada vez mais glorioso à medida que Seus inimigos afundavam mais e mais na escuridão.
A fim de compreender os julgamentos de Cristo, é importante conhecer o sistema legal judaico da época. Os judeus haviam perdido a autoridade de julgar os casos importantes por si mesmos. Sabemos que Cristo enfrentou um julgamento injusto; porém, Seu julgamento foi mais do que isso, foi ilegal. Observe a orientação clara e simples para os casos principais:
“As condições para os julgamentos criminais, especialmente aqueles em que o réu fosse punido com a morte, eram muito rígidas e criadas para defender o interesse do acusado. Entre elas, encontravam-se as seguintes:
O julgamento deveria começar durante o dia. Caso não terminasse até o anoitecer, deveria ser adiado e reiniciado no dia seguinte. [...] O veredicto de libertação, que requeria apenas a maioria de um, poderia ser dado no mesmo dia em que o julgamento fosse encerrado. Qualquer outro veredicto deveria ser proferido somente no dia seguinte e requeria a maioria de pelo menos dois. Nenhum prisioneiro poderia ser considerado culpado pela própria confissão. Era o dever do juiz zelar para que os direitos do réu fossem plenamente respeitados.” — Extraído de: International Standard Bible Encyclopaedia, Electronic Database Copyright © 1996, 2003, 2006 by Biblesoft, mc. Todos os direitos reservados.
A lei judaica foi criada para assegurar que ninguém fosse punido indevidamente, mesmo correndo o risco de o culpado ser libertado.


Não havia julgamentos noturnos. Não havia pressa para julgar. A lei exigia que houvesse duas ou três testemunhas oculares. Além disso, para garantir que as testemunhas fossem verdadeiras, as testemunhas falsas eram punidas com a pena de morte. Se uma pessoa sentisse que o réu não era culpado — o réu era ah solvido. O réu não poderia ser condenado com base em sua própria confissão. Essa lei evitava que alguém admitisse a autoria de um crime que não cometera e impedia que o juiz ludibriasse o réu levando-o a dizer algo que não queria. Não poderia haver julgamentos durante a Páscoa e nem próximo ao dia de sábado. Note que os líderes judeus desrespeitaram todas as leis nos julgamentos de Cristo! Quão desesperados estavam para vê-Lo morto!
Todo o processo legal da lei judaica fora criado com o objetivo de oferecer a maior oportunidade possível de a misericórdia prevalecer. Até mesmo hoje, a noção de “o réu ser considerado inocente até que provem o contrário” originou-se da prática antiga que tinha como lema: “Acima de tudo, que a misericórdia prevaleça.”

ENCERRAMENTO
Atividade
Divida a classe em duplas ou trios e instrua-os a compartilhar as seguintes situações entre si:
1. Uma situação em que foi acusado falsamente.
2. Uma situação em que foi tratado com misericórdia, apesar de não merecer.
3. Uma situação em que se esforçou para dar a alguém o benefício da dúvida.
Os alunos podem compartilhar uma ou todas as situações mencionadas acima de acordo com a disponibilidade de tempo. Prolongue a atividade pedindo que a classe responda às se37

guintes perguntas: “O que vocês aprenderam sobre misericórdia e justiça? De que maneira a adversidade revela quem realmente somos?”

Resumo
A adversidade expõe quem realmente somos. Cristo, logo depois de escolher entregar-Se para cumprir o plano da salvação, permaneceu firme e puro ao enfrentar homens que fingiram agir com justiça e autoridade. Seu caráter imaculado foi exaltado enquanto os sacerdotes gritavam e Lhe rasgavam as vestes, os guardas O espancavam, Pilatos acovardava-se e Herodes festejava. Os líderes judeus burlaram as próprias leis a fim de condenar o compassivo Mestre à morte. Os acusadores revelaram-se fracos e pecadores. Porém, o Réu, Jesus Cristo, mostrou-Se verdadeiro, bondoso e justo. Lembre-se de que Jesus, a qualquer momento, poderia ordenar que anjos viessem do Céu e destruíssem todos os que estavam ali presentes. Porém, Seu desejo era cumprir a missão dada pelo Pai: morrer em nosso lugar para que até mesmo os Seus acusadores tivessem a chance de viver eternamente.

Em Atos 6:7 lemos a respeito do que aconteceu após a ressurreição de Cristo: “A Palavra de Deus continuava a se espalhar. Em Jerusalém o número dos seguidores de Jesus crescia cada vez mais, e era grande o número de sacerdotes judeus que aceitavam a fé cristã.” A magnitude de Cristo tornou-se ainda mais vívida e extraordinária, mesmo nos momentos em que foi espancado e torturado diante do povo. Devemos nos preocupar com nosso interior. Ao virem as adversidades, o que será revelado sobre você? O que ocupa seu coração? Quais são suas aspirações mais profundas? Estão relacionadas aos assuntos espirituais ou às coisas deste mundo? Aquilo que está em nosso coração um dia será revelado.

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