Quero agradecer os vários emails que tenho recebido e o carinho de todos que me visitam. Criei esse blog com o único objetivo de trocar ideias no trabalho com crianças na igreja. Também posto as lições de cada trimestre, que retiro do site http://www.advir.com/criancas/ onde baixo todos os auxiliares. Por isso não vejo a necessidade de colocar aqui, todas as partes de cada lição. Até quando puder continuarei postando apenas as histórias das lições, que estão nos auxiliares. Além de atividades e outras coisas mais. Espero estar ajudando e gostaria também de receber ideias novas. E assim continuar com esse site, que considero um trabalho na obra de Deus. Um grande abraço. Malu

domingo, 21 de fevereiro de 2010

INFORMATIVO

Fuga para a esperança – parte 1

NAEKUimage

A história de hoje vem do sul do Quênia (localizar no mapa).
– Um leopardo (Chita)! – Shinai ofegava. – Rápido! Vá para debaixo da cama!
Namu empurrou a irmãzinha para debaixo da cama em sua cabana de palha e barro. A pequena Naeku se escondeu contra a parede rústica. A cama, feita de pele de animal esticada sobre alguns galhos, não oferecia muita proteção, e as crianças tremiam quando ouviam o rosnar do animal próximo à entrada da cabana.
Cansadas, as crianças adormeceram embaixo da cama e o leopardo foi embora. Na manhã seguinte, ao acordar, Naeku saiu se arrastando de debaixo da cama e, trêmula, ficou perto do seu irmão. Sua fina camiseta não a aquecia do frio da manhã. Seu estômago roncava, mas ela sabia que não havia alimento em casa.
Namu, Shinai e Naeku são crianças massai. Elas moravam em uma pequena cabana chamada manyatta, nas planícies do sul do Quênia. A vida para essas crianças massai nunca foi fácil, especialmente depois que a mãe morreu no parto, e o pai passou a deixá-las sozinhas para afogar as mágoas na bebida. As crianças choravam pela falta de alimento e algumas vezes um vizinho lhes dava um pouco de leite de vaca.

A nova escola de Naeku

Certo dia, quando Naeku estava com 5 anos de idade, um homem veio conversar com seu pai. Eles conversaram um longo tempo. Então, o pai chamou Naeku e disse:
– Vá com esse homem. Ele levará você para a escola.
Obediente, Naeku seguiu o homem até o carro. Ela pensava no que poderia acontecer, mas estava muito assustada para perguntar. O homem percebeu seu temor e disse:
– Você irá gostar de sua nova escola. A vida será mais fácil ali.
A poeira subia enquanto o carro sacolejava pela estrada esburacada. Naeku estava com fome e sede, mas não reclamou. Logo chegaram a um conjunto de prédios. O homem parou o carro e uma mulher se aproximou e os cumprimentou. O homem apresentou Naeku àquela senhora, que era a diretora da escola. Tímida, Naeku ficou com sua cabeça curvada diante da senhora, para receber um toque leve em sua cabeça, um cumprimento comum nessa cultura. A diretora, gentilmente, chamou Naeku para conhecer seu novo lar.

Novas experiências

Elas entraram no prédio e ficaram em um quarto grande. Fileiras de camas se estendiam junto às paredes e no meio do quarto. Não eram como a cama de pele de vaca da casa de seu pai. Essas camas tinham colchão e cobertores macios!
– Esta é sua cama – a senhora disse sorrindo.
Naeku colocou seus poucos pertences em uma caixa e empurrou para debaixo da cama. Em seguida, acompanhou a senhora até outro cômodo onde encontrou um prato de mandioca cozida, matoke* e verduras. A diretora sorriu e acenou para Naeku; ela então sentou-se e comeu avidamente. Pela primeira vez, em meses seu estômago ficou cheio.
Depois, a diretora caminhou com Naeku pelo pátio, em direção a outro prédio. Naeku ouviu as crianças recitarem a lição em voz alta. Ela não sabia o que isso significava. Elas entraram na sala, e Naeku ficou olhando seu pé descalço, enquanto a diretora apresentava sua nova professora e colegas de classe. O prédio de blocos de concreto estava cheio de carteiras simples de madeira, mas Naeku nunca tinha visto algo tão bonito!

Amarga solidão

Naeku logo se acostumou com seu novo lar e suas atividades. Ela gostava muito da escola e rapidamente conseguiu acompanhar as outras crianças nos estudos. Mas quando chegava a noite, enquanto todos dormiam, ela sentia a solidão crescer dentro dela e pensava no irmão, sozinho, na cabana da família e na irmã que morava com a tia. Quando via que ninguém estava olhando, chorava sozinha. Ela queria que eles pudessem estudar e ter uma vida melhor, à semelhança dela, agora.
Na próxima semana vamos descobrir o que aconteceu a Naeku em sua nova escola. Enquanto isso, vamos orar pelas crianças massai que vivem em dificuldade e não têm oportunidade de estudar como nós. (Encerrar com uma oração.)

*Matoke é um tipo de banana que é cozida e amassada em forma de purê. É um alimento comum no Quênia e no leste da África.

Os massai são povos nômades, criadores de gado que vivem no sul do Quênia e norte da Tanzânia. A criação de gado é o meio de sobrevivência, e eles mudam de lugar com o objetivo de encontrar grama fresca para o gado. As mulheres e as meninas ficam atrás, enquanto os homens e os garotos levam os animais para um terreno de grama nova.

A maioria dos massai mora em pequenas casas, chamadas kraals ou bomas (swahili), feitas de estacas e rebocadas com barro. O kraal tem uma abertura para entrada, mas nem sempre tem porta para proteger os ocupantes dos animais selvagens.

Um comentário:

Carmen Ferreira disse...

TEU BLOG É UMA GRAÇA... AMEI TUDO QUE VI POR AQUI...
QUE DEUS TE BENDIGA!!!
ESTOU TE SEGUINDO...QUANDO PUDER DÁ UMA OLHADA NO MEU BLOGUINHO...
BJO